quinta-feira, 3 de julho de 2008

SOBRE A TV - coisa breve

O poder construído pelas redes de televisão tem sido claramente um grande responsável pelas mudanças ocorridas na sociedade. As perspectivas culturais, de moda, comportamento, de postura, etc, estão sempre tendo como vanguarda a propostas, muitas vezes sutis, mas estrategicamente elaboradas pelos canais de televisão de massa.

Frente a autoridade da televisão, do seu poder de emitir “verdade”, ficam efetivamente fragilizadas as outras forças existentes na sociedade, inclusive os poderes oficiais. Num país como o Brasil, que a escola não atende as necessidades educacionais, tanto do ponto de vista técnico-formal, quanto do ponto de vista político, constrói conseqüentemente uma sociedade que não tem, na sua imensa maioria, hábitos de leitura, especialmente de ler criticamente, a televisão passa a ser basicamente a única fonte de informação, entretenimento das pessoas, o canal entre o mundo pessoal, familiar e o mundo universal com toda sua complexidade, tornando, pois, a palavra/imagem da TV uma única via de acesso aos eventos externos.

Nesse sentido, a televisão assume um papel de extrema importância na sociedade, visto que sua mensagem chega, direta ou indiretamente, a todas as pessoas, com raríssimas exceções. Importante porque pode assumir função educativa, a serviço do desenvolvimento humano com equidade, importante porque pode cultivar valores de paz, de vida. Porém, essa vertente de pensamento não passa de utopia, o que interessa mesmo, pelo menos é o que se consegue perceber pelas programações, é a busca a qualquer preço pela audiência/lucro e para isso vale tudo.

Apelação sexual, exploração de imagem de pessoas pobres, mendicância, violência, suprime valores e impõem outros que venham a favorecer o consumismo, etc.Um outro aspecto que se consegue perceber claramente nas televisões é parcialidade frente aos governos, desde a esfera federal até a municipal. As TVs demonstram através de suas programações claramente isso, pregam a imparcialidade, mas fazem ao contrário, assumem papel de propagar positivo ou negativamente os governos, de acordo com suas conveniências.

A televisão pode, portanto, exercer papel tanto de colaborar para um mundo mais humano, ou, ao contrário, pode fortalecer sua desumanização. O que se observa na maior parte da grade de programação das redes de TV, infelizmente se aproximam mais para a segunda opção, o que nos instiga para uma reflexão acerca dessa realidade e principalmente nossa postura diária diante TV.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

E CONVENÇOES???

A movimentação foi grande neste fim de semana 29/06 (último dia para realização das convenções partidárias). Pelo menos quatro grandes eventos ocorreram em Imperatriz para confirmar as candidaturas dos candidatos a prefeito e vereador neste pleito de 2008.

No dia seguinte, na segunda feira o centro das atenções na mídia foi, é claro, esses acontecimentos do domingo, e como sempre, as candidaturas foram apresentadas pela mídia com visível parcialidade, ou seja, não foi evidenciado o critério de paridade especialmente de tempo nas reportagens. Óbvia constatação.

Uma outra observação, foi a fala do atual prefeito e candidato a reeleição. Uma afronta a todas as pessoas de bem de Imperatriz, uma fala cheia de acusações em baixo calão evidenciando verdadeiramente sua personalidade, sua forma de gerir a coisa pública.

Com aparência de visível embriagues o prefeito anunciou em tom de ironia seu candidato a vice-prefeito e a forma como este foi escolhido dentre outros, demonstrando publicamente que no seu grupo político quem manda é ele e os outros simplesmente obedecem. São meros servos. Ainda nesse tom de arrogância o prefeito falou dos candidatos adversários, se referindo a estes como magotes. Que esses "magotes" estariam de "quatro, com os traseiros para São Luis", que ia “colocar todos dentro de um saco de dar de pancada”, etc. etc. Isso é no mínimo uma agressão ao povo desta cidade.

5 de outrubro vem aí!!!!!